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Mostrando postagens de julho, 2011

Fotografando e andando

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A caminho de Itaquá

A tênue linha entre o desejo e a razão

Ela escrevia à esmo, para passar o tempo e espantar a insegurança. Tentava lidar com sentimentos que estavam pairando sem lugar, sem materialidade. É claro que os sentimentos não precisam ter materialidade. Sentimos e pronto! Mas, no caso dela, não chegaram a tomar forma alguma, nem de pensamento. Ainda não sabia sobre o que queria escrever. Tantas coisas estavam perambulando por sua cabeça. Ultimamente andava indo para a cama com um livro em que mulheres contavam sobre seus desejos.  Estava muito impactada por esses relatos poéticos, pois o "desejar" era algo difícil de lidar. Era quase sempre tenso, confuso, sem lugar. E quando conseguia, por vezes era acompanhado de culpa. Era como se precisasse de autorização para desejar. E tinha uma relação distanciada com seu próprio desejo. Demorava para percebê-lo. E,  quando o percebia, achava difícil não agir. E ela também não gostava nada de agir por impulso. Identificava que esse não era o seu melhor “modo operante”. Optava por