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Faz tempo, né

Hormonios indóceis Não me deixam dormir Só penso na sua pele, cheiro, gosto, som O quanto deve ser bom deixar fluir essa enxurrada desejos que se avolumam, represam À beira de trasbordar me percebo, expando Me vejo maior que pensava. Cabem em mim muita sede  de vida, grito, canto. Me movimento permito seguir meu próprio fluxo ritmo acelerado  faz voltas, amansa Passa por pedras pontiagudas trajeto belo, um campo É real essa estrada É minha...