Ele se escondeu atrás daquele sorriso envergonhado. Aquele que vinha acompanhado de um rubor bonito de se ver. Quando fazia isso, deixava escapar muitos fiapos de humanidade de uma forma leve, quase ingênua e invejável de tão bela. Me fez lembrar que a vida também pode ser preenchida de ternura. Digo isso, pois vejo que passamos - não me excluo disso - muito tempo construindo e justificando nosso ponto de vista sobre a vida e elaborando formas de seguir em frente, apesar de nossas experiências negativas. E, nesse processo, nos esquecemos que a nossa existência pode ser mais leve e bonita. E acho que, sem querer, esse mocinho acabou me dando um puxão e me lembrando dessas ternuras que estava negligencinando tanto. Não posso negar que ele nunca tinha me passado despercebido, mas também não conseguia entender a razão de me chamar tanto a atenção. Cheguei a tentar, mas a quantidade de álcool ingerida me fez soltar várias teorizações acumuladas sobre diversos e dispersos assuntos,