Hormonios indóceis Não me deixam dormir Só penso na sua pele, cheiro, gosto, som O quanto deve ser bom deixar fluir essa enxurrada desejos que se avolumam, represam À beira de trasbordar me percebo, expando Me vejo maior que pensava. Cabem em mim muita sede de vida, grito, canto. Me movimento permito seguir meu próprio fluxo ritmo acelerado faz voltas, amansa Passa por pedras pontiagudas trajeto belo, um campo É real essa estrada É minha...
subjetivo: adj. Relativo a sujeito. Que existe no sujeito. Ela estava diante daquele corpo magro e todo entrelaçado por cordas, que pedia para que ela o espancasse. Meio hesitante desferiu a primeira chicotada. O couro negro ia fazendo marcas vermelhas na pele branca e fina. Cada vez que ouvia o estalo do impacto naquelas costelas, era como se doesse nela mesma. Sentiu muita pena do menino da barba de fogo até perceber que não provocava sofrimento. Ele não só sentia prazer, como pedia mais. Em instantes, sua culpa se foi e deu lugar a uma satisfação que ela nem sabia ser capaz de sentir. Nunca achou que poderia estar numa posição tão distante da submissão e tão cheia de certeza do que queria. Os jogos que envolviam prazer e dor foram incorporados à relação dos dois por algum tempo. Ela gostou muito dessa brincadeira. Mas não era só a experiência intensa com o corpo que proporcionava a ele, que a atraía. Só foi perceber muito tempo depois que estar diante alguém que suplic
Tinha que acordar cedo na manhã seguinte, mas não conseguia dormir. Sua garganta estava prestes a se fechar. Sentia dor. Era dor na testa nos músculos e até, na garganta mesmo. Andava com muita dificuldade de se concentrar em qualquer coisa. Não se sentia assim o tempo todo, mas nos últimos dias, essas sensações andavam muito presentes. Sentia-se estafada. Era como se o dia tivesse mais compromissos do que horas. E, contraditoriamente, demorava muito para fazer qualquer coisa. Tinha dificuldade em sair de casa e em ficar lá. Também não conseguia estudar. Sua baixa concentração só permitia que lesse textos leves e de “tiro curto”. Não conseguia relaxar. A última vez que havia se sentido à vontade, foi no dia que aceitou um convite para ir a um sarau. Não era muito íntima de todos os presentes, mas aquela atmosfera de vinho, poemas, subversão, contos e crônicas, fez com que se sentisse aceita. E, ao mesmo tempo também estava desnuda de qualquer auto-proteção e angústia. Justo ela que
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