Em resposta ao comentário da Lidi...


É duro admitir, mas hoje, que tenho os pés tão machucados e calejados, acho que não sou mais capaz de andar por aí a olhar pro alto.

Tantas vezes esqueci que havia tempo e espaço a me perguntar como seria possível existir tantas cores num só ponto luminoso. E sempre tinha minha atenção retornada abruptamente pelo encontro da minha face com o chão.

Hoje, tão logo alguma cor diferente passeia diante do meu olhar, lembro-me da hipótese da queda. E, como o reflexo da perna que se levanta pela pancadela no joelho, protejo os pés tapando os olhos.

Sei que pareço um avestruz a esconder apenas a cabeça, na tentativa de proteger o corpo todo. Mas quem é que não tem as suas incomodas dicotomias não resolvidas?

Se alguém puder me ensinar a nadar, será com felicidade que largarei este tronco podre ao qual me agarro na tentativa de apenas sobreviver.

Comentários

  1. Querida Dani,
    mantenho esse espaço aqui por algum tempo e acabei migrando para o fotolog, onde as atualizações são diárias. Vez ou outra escrevo por aqui. Adorei seu blog.
    Meu comentário é para o post que fez pra "Tia Zilda".
    Mulheres fortes, guerreiras??? Vc desenhou com palavras exatamente o que somos: sua mãe, vc, as tias e eu, é claro!
    Frequentarei aqui assiduamente! Amei.

    Beijocas, lindona!

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  2. Lindo texto! Acho que todos acabam se sentindo assim em algum momento da vida. Consegui encontrar muito de mim no que você escreveu.
    Beijão

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