Apreciando a paisagem

A gente acaba querendo viver tudo muito rápido.
Mas é só porque é o ato de retomar, de tempos em tempos a algo que fica parado no tempo à medida que a correria e a dureza da vida permitem encontrar par pra compartilhar.

Como uma janela que se abre de forma intermitente e tivéssemos que correr para ver a paisagem nos poucos instantes que se apresenta. Depois que passa, só resta a memória pra nos dar referência do que era. Mas como não dá pra saber quando estará aberta, por vezes, acabamos perdendo mais tempo pela excitação da expectativa do que fixando o olhar e apreciando a paisagem.

Difícil, não?! Impossível condenar ou repreender quem assim age. Tão humano quanto este reencontro consigo mesmo, que essa experiência de compartilhar sentimentos e sensações promove.

O mais importante não é o que se vê. O mais emocionante é quando você não se sente só durante a expectativa e pode trocar impressões sobre o que viu ou até mesmo o que não conseguiu ver. Pode só refugiar os olhos no ombro ao lado, quando a luz que vem da janela ofusca a vista.

Ou apenas se sentar ao lado e apreciar a sucessão de paisagens.

Comentários

  1. Acho que o mais dificil é simplesmente observar, sem pensar sobre as coisas, apenas deixar que elas se mostrem como são e nos abstermos de conceituar sobre tudo.

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  2. Não sei se é possível apenas olhar
    deixar as coisas serem como são
    Porque acho que as coisas são
    como elas nos parecem ser ao olhar
    e principalmente, como parecem ser
    ao pensar!

    =P

    Dani, você escreve muito bem. Já te disse isso né? Mas é legal dizer de novo.

    Beijão!

    P.s.: Quantas coisas se escondem e/ou se subentendem entre a paisagem, o olhar e os ombros em que encosta? rs..

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